segunda-feira, 26 de março de 2012

Diário de bordo: 26/03/2012

(Às 18:18h)

Intolerância!

Este movimento do mar está me deixando enjoada! Ainda não consigo definir o que é, mas sinto-me esgotada com esta paisagem! Pintarei um quadro do tamanho deste submarino e espalharei a tela na parede, para ver se as borboletas e os beija-flores voltam a pousar aqui! Peixe e mais peixes! Cansei de sushi! Preciso de mudança urgente, pois já estou com claustrofobia deste lugar apertado - enquanto escrevo, me vem a imagem de mim, mas dentro de uma caixa apertada!!

A saudade resolveu me beijar bem cedinho, só pra me lembrar de como é o cheirinho do meu soldado... Tomara que dê tudo certo e ele volte pra mim!

quinta-feira, 1 de março de 2012

Diário de bordo: 01/03/2012

(Às 13:47h)

As águas deste rio correm em direção ao mar....

Quando uma grande mudança se aproxima, se achega também a nós o sofrimento. Não existe mudança sem sofrimento, porque somos naturalmente acomodados as situações que nos rodeiam e para mudar precisamos escolher deixar as seguranças e seguir em frente. A própria escolha requer uma dose de dor, porque toda escolha nos pede renúncias, e isso é física, aquela lei de Nilton em que dois corpos não podem ocupar o mesmo lugar, ou seja, precisamos escolher ter, mas também deixar!

Neste fim de semana, senti os ares mudando e o rio entrando em preamar. A inauguração de um tempo de escolhas anuncia tempestades, mas como boa marinheira, eu não tenho medos delas, porque a chuva remexe a água, e além da dor, também me traz tesouros escondidos no fundo do mar.

Hoje minhas necessidades são tantas e tão claras pra mim que me obrigo a correr atrás desta tempestade, de querer que ela venha e me tragam as mudanças. Eu anseio pelo novo como quem anseia por oxigênio. Este pequeno rio que sou, procura a foz, porque deseja jogar-se no mar e perder-se no novo mundo.