segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Diário de bordo:12/12/2011

Repaginando, mudando, virando o jogo a meu favor!

Dia feito de preamar, passei o dia boiando, vendo as nuvens passar sobre a minha cabeça e limpando a cabeça... Estava precisando de oxigênio, pois tenho me sentido asfixiada pela rotina massacrante que tenho vivido. Estou precisando de espaço para me espalhar.. sou espaçosa.. sempre fui.. e agora sinto vontade de me espalhar.. de ocupar espaço, de brilhar...
Estou sentindo que algo mudou e eu nem vi acontecer, a necessidade de ar me faz perceber que cresci e não estou cabendo naquela forma que antes me sentia a vontade. O coração e as vontades estão se alargando para receber todas as novidades que estão forçando a porta de saída para se apresentar:
-Oi, muito prazer, me chamo nova!
-Seja bem vinda!! Pode entrar!!

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Diário de bordo: 09/12/2011

No caminho haviam várias pedras....



Um mês e meio de muita confusão, fui olhar o horizonte e me perdi na praia errada, agora estou tentando voltar. No submarino, muita coisa está parada e precisando de reparos urgente, mas primeiro preciso eu de cuidados especiais. Só que esta investida vai demorar uns meses pra acontecer porque tenho que correr contra o tempo pra resgatar os tesouos que perdi pelo caminho. 
Está chegando o Natal e sinto um ar de mistério me cercando. As pessoas não falam só com palavras e eu busco os sinais do que Deus anda falando, mas está meio difícil de entender. 
No meio desta bagunça, engraçado, mas a paz reina em mim. As vezes me preocupo com as dívidas, mas logo passa e vem a calmaria própria da preamar.


quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Diário de bordo: 23/08/2011

Às 23:57

Acreditar em si hoje é questão de sobrevivencia. Uma escolha feita primeiro por mim, para que transborde no contato com os outro. Sinto falta do olha de algumas pessoas, que sempre viram em mim mais força do que eu realmente tenho, isso fazia brotar uma fonte de coragem que vinha da fé própria da amizade. Sempre busquei esta força nos olhos de meus amigos, mas hoje preciso fazer esta fonte brotar sozinha, com as torrentes no deserto.

Meu Deus, meu Senhor, meu querido e mais próximo amigo, minha força é Você!

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Diário de bordo: 17/08/2011

Passou-se mais de um mês sem escrever o roteiro seguido. Digamos que perdi contato com a nave..
A cabeça está doendo, o corpo adoecido de tanta preocupação.. queria chorar .. mas tem tanta coisa a fazer que não consigo parar para isso.. preocupação é a melhor explicação para o que sinto agora.
Ao mesmo tempo em que me sinto em paz, estou com medo. Já passei por essas mudanças tantas vezes, que, ao ver tudo quietinho como eu havia decidido que seria, achei que a calmaria havia se instalado neste submarino, mas não.. ondas vieram, chacoalharam tudo de lugar e carregaram o submarino pela correnteza. Triste engano meu em pensar que quem decide o rumo que o rio corre sou eu..
Vejo outras praias a minha frente... Estou deicidindo ainda se pego o barco e vou conhecer o terreno, ou fico observando de longe e estudando o litoral...

domingo, 10 de julho de 2011

Diário de bordo: 10/07/2011

Às 21:11h
Sobre minhas escolhas, decidi viver minhas vontades. Não sei no que vai dá, mas se der errado, pelo menos vivi. Pensando nos acontecimentos de ontem, me vem um sorriso nos lábios e uma grande satisfação, sem arrependimentos, sem culpa. Tenho me despido na frente de alguém aos pouco, de forma arriscada, como deve ser relacionar-se. Não tem como ser diferente, já que ambos temos nossas feridas e histórias, mas pelo menos aprendi com as experiências a ir com calma, sem expectativas ou ilusões.
Ficar com os pés no chão não é fácil pra mim que sou impulsiva por natureza, mas estou tentando me guiar pela razão, sem perder a delicadeza.

domingo, 3 de julho de 2011

Diário de bordo: 03/07/2011

À 23:01h

Não querendo perder as sensações que me tomam, escrevo.
Rio sozinho com minhas lembranças de ontem: Fugi, menti, me diverti com o proibido ato de escolher meus segredos pra mim. Contei estórias pela metade para guardar a verdade dentro da caixa de lembranças. E foi muito bom escrever com atos novas experiências.
Sobre o que vem depois daquele beijo, daquele abraço (e que braços!), não sei, só sei que deitei no seu peito e fiquei. E se a hora passou, ou voou, para mim, ali, o tempo parou.
E ele pensava que me vencia, mas se perdia na vaidade de me ter tão perto, tão certo como dois e dois. Mas no teu jogo de paciência eu coloquei cartas marcadas: Meu cheiro ficou em ti, assim como o seu está em mim!
Orgulhas-te do que me destes, das doces sensações que no meu corpo escrevestes? Deves sorrir agora por que é hora de lembrares-se de mim, e então perceberes que estou ainda deitada em ti.

sábado, 2 de julho de 2011

Diário de bordo: 02/07/2011

À 15:30h

Agonia e paz, misturas adrenalínicas que agitam a noite e movimentam o dia. Viajo em fantasias e brevidades, conheço-me ao relacionar-me, escuto tanto sobre mim que acabo por ler meu próprio livro nos lábios de outras pessoas, estas pessoas boas e amigas. A sinceridade me inquieta, mas me põe a pensar e mudar.
Palavras ditas a queima roupa me desnudem e me constrangem, mas não me machucam e eu prefiro assim. De outra forma, a falsidade, está é venenosa e homicida. Prefiro o purgativo remédio da sinceridade.

domingo, 12 de junho de 2011

Diário de bordo: 12/06/2011

(Às 17:00h)
Mar calmo, coração em paz! Estou onde preciso estar e com quem eu preciso ter por perto. Cercada de quem gosta da gente, as feridas e magoas vão se curando devagar e sem dor. As ondas do mar trazem presentes de piratas e desenterram tesouros perdidos no fundo do mar. Meu passado veio me visitar, e trouxe pérolas negras....

sábado, 11 de junho de 2011

Diário de bordo: 11/06/2011

(Às 23:31)

Construções em areia, o vento carrega fácil.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Diário de bordo: 08/06/2011

(Às 23:18h)

Quem foi que disse que, quando descobrimos um trabalho que gostamos, deixamos de trabalhar? Vai nessa!!!

terça-feira, 7 de junho de 2011

Diário de bordo: 07/06/2011

(Às 19:09h)
Eu dormia, mas meu coração velava.(Cântico dos Cânticos)

Ah! A divina arte da persuasão, como eu admiro! Os maiores tiranos, reis e líderes conhecidos a dominavam com maestria. Mais admirável ainda é a arte do convencimento, da manipulação de vontades, ela habita nos pontos frágeis do manipulado.
Tenho um tirano em mim, que me manipula covardemente pelas minhas fraquezas mais sutis: o gosto pelo sensitivo, pelos sabores, cheiros, toques, cores e sons. Este covarde me enche de lembranças olfativas, me arrepia a pele com alvitres de sabores e imagens, arrastando-me consigo nas suas loucas e insensatas vontades.
Sim, meu coração tem as melhores armas de convencimento e manipulação. Ele me dá o que desejo, afim de que eu faça o que ele quer.

(As mais doces lembranças de hoje são devaneios, mas se eu quisesse, teria o que desejo! Porém agarro-me neste escafandro e fujo no meu submarino.)

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Diário de bordo: 06/06/2011

(Às 14:13h)
A maldade é contagiosa?

Mas será que o que eu chamo de maldade não seria simplesmente esperteza, diplomacia, política? Não sei lidar bem com estas coisas, mas meus últimos relacionamentos me ensinaram um novo conceito: Intolerância.
Sempre acreditei na eficácia do perdão, porém descobri que isso só funciona quando existe amor mútuo, e precisa ser amor, não apenas gostar, achar legal, ter "amizade". Precisa que seja o Amor Filia, aquele bem querer que se importe mais com o outro que consigo, que ame para o bem de alguém, não para o próprio. Trata-se do amor de benevolência que, quando correspondido, desemboca na amizade verdadeira.
É muito raro encontrar este tipo de relação, mas existe. Entretanto, ai habita minhas reticências em chamar alguém de amigo, já que se trata de jóia rara de ser encontrado, e depois de descoberto, precisa ser lapidado pelos anos e pela convivência.
Mas voltando a maldade, perdão, intolerância, este último ganha sentido de existir quando, na ausência de amor, este amor que falei acima, passa a ser uma opção que corta o mal pela raiz. Em resumo, cansei de falsas relações, e não dou para diplomacia.

domingo, 5 de junho de 2011

Nota 2

(Às 22:58h)

Emergi, o céu está lindo. Uma noite sem lua enche o firmamento de estrelas. Decidi deixar as lembranças e sabores embarcarem comigo nesta viagem.
Quando criança, deitava-me no meio fio da rua de casa olhando o céu. Imaginava as cores das estrelas, enquanto elas dançavam na minha frente. Todas as sensações eram bem vindas: o cheiro de mato debaixo do cabelo, o frio do cimento nas costas, as cores imaginárias sobre mim.
Este universo de percepções chama-se aprendizado. Sem saber, estava alimentando a memória com detalhes, que, quando adulta, reconheceria inconscientemente.
O céu que vejo hoje me parece novo, mas remete àquela sensação das costa no chão e inocência.

Diário de bordo: 05/06/2011. Nota 1

(Às 12:24h)
...a água do rio que deságua no mar,  nunca mais será a mesma

Quando comecei esta viagem, a decisão foi observar os acontecimentos daqui para frente, deixando as coisas antigas passarem. Mas, já nesta primeira madrugada dentro do meu pequeno observatório, acabei por me deparar com a condição de que somos quem somos pelas escolhas que fizemos no passado. O alivio foi que, quando precisei encarar as consequências de uma escolha, em especial, vi que havia decidido pelo caminho certo. Se eu tivesse me deixando levar pelo impulso semana passada, hoje estaria com vergonha de mim, e não existe nada que pague a satisfação de andar de cabeça erguida.

sábado, 4 de junho de 2011

Diário de bordo: 04/06/2011


Dentro do submarino tudo bem.  Imergi o dia inteiro, e descansei no fundo deste oceano meu coração e minha mente. As descobertas são enormes neste admirável mundo novo. Vejo, pelo vidro do escafandro, peixes coloridos.