terça-feira, 15 de novembro de 2016

Diário de bordo : 15/11/2016

Às 21:30h



...tempo tempo tempo mano velho, vai vai vai vai vai tempo amigo, seja legal, conto contigo pela madrugada, só me encontre no final... (Pato Fu)



Quase dois anos se passaram desde o último diário, ou seja, deixou de ser diário.. rsrsr.. e quando eu lanço um olhar por tudo que se passou penso: A viagem tem sido linda, a paisagem maravilhosa e a companhia perfeita!
Eu mudei! Sim e como mudei! A mulher para qual Deus me criou brilha maravilhosa diante do infinito de possibilidades que sempre se apresenta para de mim.
Comecei esta viagem para dentro de mim meio perdida e desnorteada, querendo através da escrita reencontrar minha identidade. Hoje me vejo tão transparente e tão realizada que isso transbordou e um filho, em uma família.
Meu marido assiste o jogo deitado numa rede ao lado da cama, meu filho encostado em mim assiste desenho animado eu me sinto feliz. Eu não poderia ter sonhado um porto mais seguro que este.

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Diário de bordo : 17/11/2014

(Às 17:22h)

“Numa folha qualquer eu desenho um navio de partida, 
e alguns bons amigos bebendo de bem com a vida..”

Esta sim é uma viagem às profundezas, às entranhas do meu ser. Não teve como não silenciar e viver o grande mistério que me cercou durante estes longos – e tão curtos- nove meses. A maternidade é isso, uma viagem para dentro de si mesma, em busca da mais primitiva e selvagem verdade feminina, ser mulher e ser capaz de gerar, nutrir, amar, esperar e por fim parir.
Eu que nunca me imaginei vivendo isso, quis, programei, sofri as expectativas do positivo/negativo junto com meu marido, este que me mudou desde os primeiros dias juntos e me fez desejar viver este mistério. E como tudo foi lindo, embora não tenha sido fácil, mas todos os desafio vividos só me mostraram pra que eu vim ao mundo e do que sou capaz de suportar, pois me descobri muito mais forte e corajosa do que imaginei ser.
A gravidez não só gera um ser dentro da gente, mas nos gera outras mulheres, mais fortes, ferozes, instintivas e gigantes. E como se faz necessário estes nove meses para que estas transformações se enraízem e ganhem força. Cada ciclo vivido da gestação, cada exame, cada movimento do bebê dentro da gente rega nossas raízes e nos transforma.
Hoje meu pequeno está com 20 dias e olhando pra ele, me vejo outra mulher, capaz de matar um leão por dia pra proteger minha cria e minha família. 

sábado, 12 de abril de 2014

Diário de bordo : 12/04/2014

Às 16:39h

Fu / Retorno (ponto de transição)

"Pequenos desvios do bem não podem ser evitados. Porém, é preciso retroceder a tempo, antes de ir longe demais. Isto é especialmente importante na formação do caráter. Todo pensamento maléfico, por menor que seja, deve ser imediatamente afastado, antes que avance demais e se enraíze na mente." (I Ching)

Porque o amor está sendo gestado e a família fortalecida, cercam-me de carinho e este é meu maior alimento. Meus amores estão ao meu lado, mesmo que não estejam perto, pois só permito a aproximação de sentimentos positivos. 
Amigos tem suas raízes provadas e sua terra regada.
A palavra de ordem da minha vida é evitar a agitação do meu interior, pois tudo que tiver que ser será, e não será nada antecipadamente. Tudo tem seu tempo de nascer, basta acreditar na semente.

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Diário de bordo : 17/06/2013

(Às 20:21h)
Segura na mão de Deus e vai..

É assim quando vem a onda alta e joga o submarino contra o mar, tudo fica bagunçado e fora do lugar. 
Eu não me machuquei, ao contrário, parece que muitas feridas estão sarando agora com a presença deste estranho no fundo do mar comigo. Está tudo tão confuso e ao mesmo tempo tão no seu lugar e este paradoxo tem me curado moléstias antigas. 
Ele vem de coração aberto e deixa-me entrar, e eu com medo, entro. A bússola enlouqueceu e meu norte agora é outro, mas há tanto que planejar. Já vejo o horizonte a minha frente e já me sinto em paz. 
Viajar mar a dentro e estar ancorada ao mesmo tempo: esta é a minha atual situação.

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Diário de bordo : 05/04/2013


(Às 0:55h)
Sempre me perguntaram qual o gosto da batata...



Não sinto sabor no mar de tempo que passa a minha frente, e sei que deixei de me importar. Estas são as consequências da decepção pois hoje aprendi a ser eu a pessoa mais importante entre os que me cercam.
Indiferente é a palavra da vez, mas não indiferente aos sentimentos que me vem, apenas impassível, nem ai com se isso fosse me incomodar. Se tiver vontade de me importa me importo, senão, deixo pra lá, desligo a luz, ponho um fone de ouvido e curto The Beatles enquanto os outros gritam meu nome sem sequer conseguirem um olhar. 
Sempre agiram assim comigo, e como isso me incomodava, mas hoje penso: Que besteira! Pra que me debatiam psicologicamente com a razão dos outros? Tanto faz!! Tanto faz!! E este foda-se engasgado neste novo grito tem me feito muito bem!
Irônico é perceber que tenho conseguido mais atenção por não buscá-la do que debaixo de toda minha carência... rio-me de mim e de todos que ainda agem assim..

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Diário de bordo: 26/02/2013

(Às 21:42h)

"No meio do caminho havia uma pedra..."
Carlos Drummond de Andrade

Sim, comecei a andar, armada principalmente com a vontade de vencer, me meti na estrada, ávida por novidades, segura da guarda de Deus e cheia de ideias. Me deparei com uma coisa que no outro porto nunca seria problema: Especialização.
Aqui os bons vencem, mas pra ser bom é preciso atualizar-se, e faz tempo que não gasto tempo comigo e com o conhecimento. Stand by! É preciso preparar a casa pra depois chamar os convidados.
Hoje tirei o dia para ler e estudar!

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Diário de bordo: 22/02/2013

(Às 22:54 h)

"O mar quando quebra na praia, é bonito é bonito"
Jorge Amado

Sai para ver o mar e pra isso atravessei o sertão. Compreendi que é preciso uma viagem interna e externa pra que as ondas possam lavar minha alma. Sai do meu berçário e me decidi ser adulta, enfrentando as limitações do meu corpo, mente e coração. São tantas as mudanças que não tem ficado pedra sobre pedra. O rumo da rota mudou, a bússola aponta para frente e eu sigo em frente deixando que esta corrente me carregue para este admirável mundo novo. Diante de mim ainda há uma tela esperando que a pintura seja feita, e eu com as mãos armadas com pinceis e tintas me disponho a começar uma nova obra de arte.
Como disse Jorge A. ‘é doce, muito doce, morrer no mar’, então que seja a morte o inicio da ressurreição!