domingo, 12 de junho de 2011

Diário de bordo: 12/06/2011

(Às 17:00h)
Mar calmo, coração em paz! Estou onde preciso estar e com quem eu preciso ter por perto. Cercada de quem gosta da gente, as feridas e magoas vão se curando devagar e sem dor. As ondas do mar trazem presentes de piratas e desenterram tesouros perdidos no fundo do mar. Meu passado veio me visitar, e trouxe pérolas negras....

sábado, 11 de junho de 2011

Diário de bordo: 11/06/2011

(Às 23:31)

Construções em areia, o vento carrega fácil.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Diário de bordo: 08/06/2011

(Às 23:18h)

Quem foi que disse que, quando descobrimos um trabalho que gostamos, deixamos de trabalhar? Vai nessa!!!

terça-feira, 7 de junho de 2011

Diário de bordo: 07/06/2011

(Às 19:09h)
Eu dormia, mas meu coração velava.(Cântico dos Cânticos)

Ah! A divina arte da persuasão, como eu admiro! Os maiores tiranos, reis e líderes conhecidos a dominavam com maestria. Mais admirável ainda é a arte do convencimento, da manipulação de vontades, ela habita nos pontos frágeis do manipulado.
Tenho um tirano em mim, que me manipula covardemente pelas minhas fraquezas mais sutis: o gosto pelo sensitivo, pelos sabores, cheiros, toques, cores e sons. Este covarde me enche de lembranças olfativas, me arrepia a pele com alvitres de sabores e imagens, arrastando-me consigo nas suas loucas e insensatas vontades.
Sim, meu coração tem as melhores armas de convencimento e manipulação. Ele me dá o que desejo, afim de que eu faça o que ele quer.

(As mais doces lembranças de hoje são devaneios, mas se eu quisesse, teria o que desejo! Porém agarro-me neste escafandro e fujo no meu submarino.)

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Diário de bordo: 06/06/2011

(Às 14:13h)
A maldade é contagiosa?

Mas será que o que eu chamo de maldade não seria simplesmente esperteza, diplomacia, política? Não sei lidar bem com estas coisas, mas meus últimos relacionamentos me ensinaram um novo conceito: Intolerância.
Sempre acreditei na eficácia do perdão, porém descobri que isso só funciona quando existe amor mútuo, e precisa ser amor, não apenas gostar, achar legal, ter "amizade". Precisa que seja o Amor Filia, aquele bem querer que se importe mais com o outro que consigo, que ame para o bem de alguém, não para o próprio. Trata-se do amor de benevolência que, quando correspondido, desemboca na amizade verdadeira.
É muito raro encontrar este tipo de relação, mas existe. Entretanto, ai habita minhas reticências em chamar alguém de amigo, já que se trata de jóia rara de ser encontrado, e depois de descoberto, precisa ser lapidado pelos anos e pela convivência.
Mas voltando a maldade, perdão, intolerância, este último ganha sentido de existir quando, na ausência de amor, este amor que falei acima, passa a ser uma opção que corta o mal pela raiz. Em resumo, cansei de falsas relações, e não dou para diplomacia.

domingo, 5 de junho de 2011

Nota 2

(Às 22:58h)

Emergi, o céu está lindo. Uma noite sem lua enche o firmamento de estrelas. Decidi deixar as lembranças e sabores embarcarem comigo nesta viagem.
Quando criança, deitava-me no meio fio da rua de casa olhando o céu. Imaginava as cores das estrelas, enquanto elas dançavam na minha frente. Todas as sensações eram bem vindas: o cheiro de mato debaixo do cabelo, o frio do cimento nas costas, as cores imaginárias sobre mim.
Este universo de percepções chama-se aprendizado. Sem saber, estava alimentando a memória com detalhes, que, quando adulta, reconheceria inconscientemente.
O céu que vejo hoje me parece novo, mas remete àquela sensação das costa no chão e inocência.

Diário de bordo: 05/06/2011. Nota 1

(Às 12:24h)
...a água do rio que deságua no mar,  nunca mais será a mesma

Quando comecei esta viagem, a decisão foi observar os acontecimentos daqui para frente, deixando as coisas antigas passarem. Mas, já nesta primeira madrugada dentro do meu pequeno observatório, acabei por me deparar com a condição de que somos quem somos pelas escolhas que fizemos no passado. O alivio foi que, quando precisei encarar as consequências de uma escolha, em especial, vi que havia decidido pelo caminho certo. Se eu tivesse me deixando levar pelo impulso semana passada, hoje estaria com vergonha de mim, e não existe nada que pague a satisfação de andar de cabeça erguida.

sábado, 4 de junho de 2011

Diário de bordo: 04/06/2011


Dentro do submarino tudo bem.  Imergi o dia inteiro, e descansei no fundo deste oceano meu coração e minha mente. As descobertas são enormes neste admirável mundo novo. Vejo, pelo vidro do escafandro, peixes coloridos.